O objetivo deste tema é:
- Falar sobre os conceitos de liberdade e responsabilidade;
-mostrar que a liberdade é parte integrante da pessoa humana;
-mostrar que Jesus Cristo é o verdadeiro modelo de liberdade;
-mostrar caminhos que conduzem para a verdadeira liberdade.
Motivação:
-Perguntar: Vocês são livres? -Oque é ser livre? -Oque é ser responsável? (deixar que respondam).
Colocando o tema:
-Liberdade é a capacidade que está dentro de nós, que nos permite escolher o melhor para nós e para os outros;
-Livre é a pessoa que pode decidir a agir segundo a sua própria vontade; responsável é a pessoa que responde pelos seus próprios atos;
-Só somos livres se somos responsáveis;
-Viver com responsabilidade para não perder a liberdade. Perdemos a liberdade quando nos tornamos escravos do pecado.
Pode-se levar imagens que ilustrem a liberdade sem responsabilidade, fatos reais da vida cotidiana dos jovens que escolhem a falsa liberdade, como por exemplo: jovens nos vícios, adolescentes grávidas, automóveis acidentados (consequência do álcool), etc...
Atividade para discussão sobre o tema, que poderá ser feita em grupo ou individual:
1-Com as letras que constituem a palavra “Liberdade” escreva palavras que estejam relacionadas com o conceito de liberdade:
L
I
B
E
R
D
A
D
E
2-Escolher entre as seguintes afirmações aquelas que você acredita serem as verdadeiras formas de viver a liberdade:
a- “Sou livre quando aceito a responsabilidade das minhas escolhas”.
B - “É bom ser livre! É bom viver! Ser livre é estar em harmonia com Deus”.
C - “Para mim a liberdade é o desejo de ser livre, de pensar por mim próprio e de tomar as minhas decisões. A liberdade é sonhar com o amanhã vivendo o hoje com coragem e com alegria… ser livre é ser feliz”.
D - “Ser livre? É não ouvir a opinião dos outros e seguir os caprichos e paixões que o “mundo” me oferece.”
E - “Ser livre é curtir e não ligar ao que os pais, professores e catequistas nos ensinam. É não ser controlado e não ter que dar contas a ninguém. É fazer o que eu quero e quando, como e com quem quero”.
F - “Sou livre quando a minha única lei é o amor e consigo amar.”
No próximo encontro falaremos Daquele que foi a pessoa mais livre que conhecemos, Jesus.
Aprofundamento do tema:
Oque nos ensina o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA:
L.9.17 Liberdade e responsabilidade
§1731 Liberdade e responsabilidade A liberdade é o poder, baseado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, portanto, de praticar atos deliberados. Pelo livre-arbítrio, cada qual dispõe sobre si mesmo. A liberdade é, no homem, uma força de crescimento e amadurecimento na verdade e na bondade. A liberdade alcança sua perfeição quando está ordenada para Deus, nossa bem-aventurança.
§1732 Enquanto não se tiver fixado definitivamente em seu bem último, que é Deus, a liberdade comporta a possibilidade de escolher entre o bem e o mal, portanto, de crescer em perfeição ou de definhar e pecar. Ela caracteriza os atos propriamente humanos. Toma-se fonte de louvor ou repreensão, de mérito ou demérito.
§1733 Quanto mais pratica o bem, mais a pessoa se toma livre. Não há verdadeira liberdade a não ser a serviço do bem e da justiça. A escolha da desobediência e do mal é um abuso de liberdade e conduz à "escravidão do pecado".
§1734 A liberdade torna o homem responsável por seus atos, na medida em que forem voluntários. O progresso na virtude, o conhecimento do bem e a ascese aumentam o domínio da vontade sobre seus atos.
Mais aprofundamento para o catequista:
Juventude, liberdade e responsabilidade
Olhando a realidade:
A sociedade contemporânea herdou das gerações passadas as conquistas de inúmeras lutas em nome da liberdade. Regimes de escravidão deram lugar à livre cidadania [...].
Atualmente, vive-se uma cultura na qual se diz que “cada um é livre para fazer o que bem entender”. O falso sentimento de que tudo é possível, desde que se queira, cria também falsa compreensão do que seja liberdade e de como ela pode ser vivida.
As novas gerações, em formação, têm diante de si um grande desafio: aproveitar uma época de reconhecimento da liberdade humana e, ao mesmo tempo, tornar-se protagonistas do exercício da liberdade que permite escolhas e ações e gera consequências, das quais não se pode fugir. Como isso não é fácil ouve-se dizer que os jovens querem toda liberdade, sem nenhuma responsabilidade.
A palavra de Deus ilumina a vida- A Sagrada Escritura ensina que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança para viver com liberdade, em comunhão com ele, entre si e com os bens da criação. Portanto, a liberdade não é algo isolado, mas um dom que se realiza num contexto de relações com Deus, com os outros e com o mundo.
Outra coisa importante: em sua origem, a liberdade não consistiu na escolha entre o bem e o mal, mas foi dada somente para o bem. Quando o ser humano usou a liberdade para o mal, surgiu o pecado, que corrompeu a própria liberdade, quebrando a comunhão e a harmonia. No mal não há liberdade, mas escravidão. Nele não há crescimento, mas queda.
A história do povo de Deus narra justamente um processo de reerguimento, de resgate da liberdade perdida. A história do povo de Deus é história de salvação. Deus viu o sofrimento de seu povo e pediu: “Vai, Moisés, liberta o meu povo!” (cf. Ex 3,10) [...].
Parte II
O retorno à terra prometida tornou possível a reconstrução de uma vida livre, mas não sem responsabilidades. Não é à toa que a Páscoa é a festa da passagem da escravidão para uma vida de liberdade [...].
Catequese: educação para a liberdade dos filhos e filhas de Deus- Ninguém nasce pronto. É preciso cuidado com a expressão: “Ninguém ensina ninguém, cada um deve percorrer seu próprio caminho”. A liberdade de cada um está relacionada a muitas outras. Ela é sempre situada e nunca absoluta. É necessário educar para a liberdade.
Na sociedade do prazer a todo custo, das coisas instantâneas e da propaganda ilusória de uma vida fácil, as novas gerações não estão aprendendo a plantar, a construir, a caminhar com as próprias pernas, a medir as consequências de suas escolhas. Por quê? Falta quem ensine.
[...]
As famílias, como Igrejas domésticas, e todo o processo catequético não podem tratar os jovens como se fossem crianças. Aprenda-se definitivamente que os jovens detestam ser tratados como crianças... . Estão em processo de amadurecimento. Suas inquietudes, seus sentimentos, sua garra, seu destemor, sua audácia e sua ânsia por liberdade precisam ser orientados para o bem. De certa forma, amadurecer dói, ou seja, tem suas exigências. Escolhas têm consequências. Opções acarretam responsabilidades.
Jesus não infantilizou as pessoas. Estendia as mãos para ajudar e com amor exigia: “Levanta-te e anda” (Mc 2,9). Questionava e aconselhava. Não abria mão das condições para o seu seguimento. Não prometia felicidade barata, ignorando a cruz. Livremente ele doou a vida e assumiu até a morte como consequência do seu amor ao Pai e aos irmãos. Verdadeiramente livre foi o jovem galileu. Ele se fez caminho da liberdade. Caminhemos...
FONTE: SILVA, Pe. Eduardo R. da, Juventude, liberdade e responsabilidade, Ecoando, O catequista testemunha a fé, São Paulo/SP, Ano XI, nº 41, p. 12 e 13,
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