O documento Catequese Renovada, nº 26 da CNBB, afirma que é necessária uma "educação permanente da fé, que acompanhe o homem por toda a vida e se integre em seu crescimento global". De fato, a catequese infantil em preparação à primeira eucaristia não é suficiente para o aprofundamento de toda a riqueza da vida cristã.
Ao longo da vida, reformulamos nossa visão de mundo, nossas experiencias humanas e até nosso modo de nos relacionar com Deus. As várias situações que a vida nos apresenta exigem de nós outras respostas, diferenciadas daquelas da infância.
Oque aprendemos na catequese infantil não é suficiente para termos uma vida inteira de fé. É preciso que haja situações catequéticas que envolvam as pessoas em todas as idades.
Daí a necessidade de uma catequese permanente ou continuada, que possibilite a todo cristão alcançar a plena maturidade em Cristo (Ef 4,13).
Na vida profissional, por exemplo, as pessoas continuam estudando para se atualizar, mesmo depois de formadas. Um casamento só se sustenta quando casal continua a alimentar a chama do amor por toda a vida. Muitas outras realidades da vida nos mostram que é preciso crescer sempre.
Se entendemos que a catequese é um processo contínuo e permanente que leva à maturidade da fé, podemos afirmar, com certeza, que a catequese continua mesmo nas férias.
Estamos sempre aprendendo, aprofundando, discernindo o projeto de Deus em meio às mais diversas realidades do cotidiano. Sobretudo a experiencia de comunidade fortalece nosso crescimento na vida cristã.
Faz bem interromper o ritmo dos encontros catequéticos para ter outras experiências que também são catequéticas: o contato com a família e com os amigos, a harmonia com a natureza, a descoberta de Deus na alegria do lazer e da descontração.
Porém, é preciso saber que, mesmo nas férias, a catequese continua, pois é processo de vida e fé. Ou será que alguém deixa a fé em casa antes de pegar a estrada?
(Texto extraído do Livro: Catequese Hoje - ed. Palus)
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